06/02/2019

Honda CG 125 sai de linha no Brasil após 42 anos

Honda confirmou nesta sexta-feira (1) o fim da produção da CG 125 no Brasil. Lançada em 1976 como a 1ª moto nacional da marca japonesa, ela foi a mais vendida do país por décadas.

A CG 150 foi substituída em 2016 pela CG 160, que agora é a líder de vendas e permanecerá como único produto da linha.

Em seu último ano de vendas, em 2018, a CG 125 foi apenas a 7ª moto mais emplacada do Brasil, alcançando 28.401 unidades.

Com a nova regra que exige CBS ou ABS nas motos novas desde o início de 2019, a montadora decidiu não investir no sistema para a 125. Assim, ela não poderia ser mais fabricada.

Foi o mesmo motivo que tirou de linha outros veículos populares, como a Kombi, em 2014. quando passou a valer a obrigatoriedade de freios ABS e airbags para carros zero.

Outro motivo apontado pela Honda para o fim da CG 125 foi a mudança do público brasileiro, que está mais interessado em segmentos como o de scooters. A marca acaba de lançar o Elite 125 no Brasil e renovou o PCX 150, para reforçar a presença neste setor.

Apesar do fim da produção em Manaus, algumas unidades da CG 125 ainda estão nas lojas. A CG 125i Cargo é vendida por R$ 7.165 e a CG 125i Fan por R$ 7.161.

 

Com é a última CG 125?

 

A CG 125 passou por inúmeras mudanças em sua história, desde o visual até a mecânica. O modelo lançada em 1976 ficou conhecida como "bolinha" por causa de seu inesquecível farol redondo.

A Honda também apostou em um farol quadrado posteriormente, mas acabou voltando ao visual redondo mais tarde.

Em 2013, a moto abandonou de vez o visual "bolinha" e ficou com a cara parecida a de sua irmã CG 160, com farol estilizado e envolto por carenagem.

Começando com a versão carburada em 1976, a moto chegou a ser a 1ª moto do mundo a rodar com etanol, voltando mais tarde a utilizar gasolina.

Nesta última configuração do modelo 2018, a CG 125 tem injeção eletrônica e motor de 1 cilindro e 124,7 cc. Ele rende 11,8 cavalos de potência a 8.500 rpm e 1,06 kgfm de torque.